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11º Encontro Regional das Unidades de Diálise e Centros de Transplantes do Hospital de Base de Rio Preto reúne 250 profissionais de 24 hospitais

26/05/2025 - Marketing e Comunicação

No último sábado (24), 250 profissionais de 24 hospitais da região noroeste paulista reuniram-se para discutir protocolos e ações para melhorar ainda a captação de órgãos e tecidos com o consequente aumento de transplantes. Os resultados obtidos pelas 24 instituições já figuram entre os melhores do Brasil, mas os profissionais querem mais. 


Das famílias consultadas sobre a doação de órgãos de seus entes falecidos pelos profissionais dos 24 hospitais, 65% delas dizem “sim”, enquanto no Estado de São Paulo este índice é de 60% e no Brasil, de 55%. A aceitação crescente contribui para o Hospital de Base de São José do Rio Preto conseguir, por exemplo, o expressivo volume de 2.050 transplantes de rins em 33 anos de funcionamento do serviço, sendo um dos 20 únicos serviços, entre 166 centros de país, que realizou mais de 2000 procedimentos.


Somente no ano passado, foram 103 transplantes de rim. O HB de Rio Preto realiza assim 60 procedimentos por milhão de habitantes, enquanto a média do Estado de São Paulo é de 40 por milhão e do Brasil, 29,6 por milhão, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).


Por entender que podem mais, os 250 profissionais participaram do 11º Encontro Regional das Unidades de Diálise com o Centro de Transplante Renal de Rio Preto e 11º Encontro das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante.


O evento contou com a presença de Patrícia Gonçalves Freire dos Santos, coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes, e do médico nefrologista Valter Duro Garcia, chefe do Serviço de Transplante Renal da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.


Patrícia apresentou o atual cenário da doação e transplantes no Brasil e os desafios para o país transplantar mais órgãos e tecidos e de forma mais distribuída e equânime no território nacional. Dr. Valter abordou a doação e o transplante em idosos, com resultados obtidos no Brasil e seus desafios.


“São José do Rio Preto se destaca no Estado de São Paulo por abrigar uma Organização de Procura de Órgãos muito importante, cuja sede fica aqui no HB e abrange muitos municípios. Essa organização tem que ocorrer com uma sincronicidade muito boa, porque o transplante de órgãos é uma corrida contra o tempo. A OPO de Rio Preto consegue uma taxa de aceitação familiar bem maior do que a média do Brasil de 65%, enquanto a média nacional chega a 55%. O Ministério da Saúde tem apoiado as capacitações com cursos para todos os estados e as OPOs e queremos estender essa rede para conseguir mais sins das famílias e aumentar os números de transplantes”, disse Patrícia Freire, Coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.

  

Após as palestras, os participantes compartilharam processos e experiências de sucesso em suas instituições visando aprimorar o atendimento à população e abordaram avanços na área da biotecnologia que beneficiam os pacientes.


A tecnologia já é parceira do Hospital de Base e as instituições parceiras na busca pela maior eficiência e agilidade no processo de captação e transplante de órgãos.

 

Uma plataforma digital de telemedicina conecta as 24 unidades de diálise regionais ao Hospital de Base, o que permitiu que 700 atendimentos de pré-triagem clínica tenham sido feitos em 2024, possibilitando a avaliação remota dos pacientes candidatos ao transplante.


“No ano passado identificamos uma necessidade de desenvolvermos uma plataforma para agilizarmos as primeiras consultas. De lá para cá nosso tempo de espera caiu de um ano para cerca de 15 dias, além de aumentar quase 30% o número de inscrições para os transplantes. Estamos agregando cada vez mais centros de diálise de toda região, atualmente em 25, e até de outros estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, conseguindo assim atender mais pacientes e melhorar a qualidade de vida deles”, ressalta Dra. Ida Maria, médica nefrologista do HB.


O trabalho eficiente das dezenas de profissionais dos hospitais somado às tecnologias e aos processos bem definidos resultam nesta estrutura que salva centenas de vidas anualmente.


O time da Organização de Procura de Órgãos do Hospital de Base proferiu palestras nas quais abordaram temas sensíveis e fundamentais, como os motivos mais comuns de recusa familiar para a doação de órgãos. Como convidados, participou também a equipe do Hospital Campo Limpo, de São Paulo, que obteve resultados tão positivos quanto os do HB e os hospitais parceiros da região noroeste.


“A lei exige que quem autoriza a doação de órgãos é a família. Se não houver a comunicação com o familiar nesse momento difícil quando comunicamos o óbito, a família pode dizer que desconhece o desejo da pessoa falecida. Por isso é importante ressaltar que no sistema de transplante existe uma equidade, todos têm o mesmo direito, o corpo não fica com deformidades após a doação de órgãos e mesmo após a morte, ela pode ajudar outra pessoa. As manifestações em redes sociais, registro em cartório, carteira de identidade, não têm valor legal. O que vale ainda é a autorização familiar”, ressalta Dr. Picollo.


Foi o caso do Marcelo Martins, sua família conversava dentro de casa sobre a possibilidade da doação de órgãos e, frente a uma notícia triste, não hesitou e tomou uma importante decisão no intuito de salvar vidas. “O acidente do meu irmão pegou todo mundo desprevenido, mas em dado momento ele conversou comigo sobre a doação de órgãos. Por esse legado de poder ajudar outras vidas a continuarem, nós sem sombra de dúvidas tomamos a decisão de realizar a doação. Mesmo diante do choro, da tristeza e da dor, é uma maneira de honrar nosso ente querido, deixando um legado positivo e uma prova de amor que vai continuar”, enalteceu Marcelo Martins.


Ações como a de Marcelo ajudaram a salvar vidas, como no caso de seu Jair Leme, transplantado de fígado e rim. “Fiquei por quase quatro meses internado até que chegasse a possibilidade de fazer o transplante. Hoje não sinto nada, estou bem. Meu desejo é que as pessoas doem os órgãos, porque vão ajudar muito quem precisa, como eu”, comentou. Sua filha, Franciele, teve que mudar de vida para cuidar melhor do pai. “A gente se conscientiza mais quando acontece na nossa família. Nós não tínhamos conhecimento e não sabíamos da gravidade do caso do meu pai. Assim que ele fez todos os exames foi listado para o transplante de fígado, mas no processo também teve o rim comprometido e precisou de hemodiálise. Mas deu tudo certo e ele conseguiu transplantar os dois órgãos. Eu sou costureira e comecei a cursar técnico em enfermagem para cuidar dele do jeito mais correto, aferindo a pressão, ver a diabetes, tudo da melhor forma”, falou Franciele Leme.

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