Hospital de Base | Registro Hospitalar de Câncer do Hospital de Base de São José do Rio Preto - SP


Registro Hospitalar de Câncer do Hospital de Base de São José do Rio Preto - SP

1) Definição e objetivos

O Registro Hospitalar de Câncer é um centro de coleta, processamento e análise de informações de forma sistemática e contínua dos casos novos de neoplasias malignas diagnosticados e/ou tratados por determinado Hospital. Tem como objetivo registrar com qualidade os dados estatísticos de todo paciente portador de câncer atendido desde o diagnóstico da doença até seu mais recente acompanhamento. Portanto tem finalidade não apenas epidemiológica, mas também para trabalhos científicos e para auxiliar o destino de recursos para melhorar ainda mais a qualidade de atendimento na área de Oncologia, visto que todos os dados levantados são enviados para Fundação Oncocentro do Estado de São Paulo (FOSP) e com todas as informações, os gestores de saúde podem equacionar recursos para áreas requisitadas.

2) Histórico

Os Registros Hospitalares de Câncer tiveram seu início em 1983, com a implantação do RHC do Instituto Nacional de Câncer, com apoio da OPAS. Nos anos seguintes, o Ministério da Saúde, por meio do INCA, promoveu vários cursos de formação de coordenadores e registradores que levou a implantação dos registros posteriores. No Estado de São Paulo foi implantado pela Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), no ano 2000.

Com o estabelecimento do (re)cadastramento, junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), dos hospitais que integram o Sistema de Centros de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), manteve-se a exigência da obrigatoriedade de RHC nesses hospitais, como incentivo à implantação e à consolidação desses Registros. A Portaria GM/MS nº 3.535/98, que define critérios para cadastramento de CACON, estabelece, no seu item 2.3, que estes centros “devem dispor e manter em funcionamento um Registro Hospitalar de Câncer, conforme normas técnico-operacionais preconizadas pelo Ministério da Saúde”.

O RHC do Hospital de Base iniciou suas atividades em agosto de 2000 e está situado em uma sala no 3º andar. Após 12 anos de trabalho, os registros de câncer assumiram destaque e responsabilidade crescente dentro do Hospital de Base.

3) Profissionais integrantes

Registradoras: Maria Adélia Vasconcellos Inacio e Maria de Fátima Fernandes
Médica Coordenadora do RHC: Dra Carla Maria de Oliveira Ferreira Martin
Médico Gestor da Oncologia: Dr Fábio Leite Couto Fernandez

4) Cenário do Hospital de Base

O Hospital de Base disponibiliza atendimento a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e usuários de atendimento privado.

Atualmente o ambulatório específico em oncologia (ICA) realiza cerca de 3.500 atendimentos/mês, sendo 1.700 pacientes em tratamentos, e 1.800 em acompanhamento pós tratamento. Em Oncologia Pediátrica, o (HCM) Hospital da criança, atende em média 170 pacientes/mês, sendo 50 pacientes em tratamentos, e 120 em manutenção.

As unidades responsáveis pelos diagnósticos, tratamentos e acompanhamentos são o Instituto do Câncer (ICA), destinado a 100% de atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), e também as enfermarias (divididas entre atendimentos privados e SUS).

O corpo clínico atuante no tratamento oncologico envolve especialistas em oncologia clinica (cancerologia), oncologia cirúrgica, cirurgia torácica, cirurgia geral, clinica médica, pneumologia, cirurgia de cabeça e pescoço, neurocirurgia, mastologia, ginecologia, cirurgia do trato gastrintestinal, proctologia, hepatologia, urologia, dermatologia, hematologia, oncologia pediátrica, além de radiologia, patologia e medicina nuclear, sendo todos os profissionais envolvidos no diagnóstico, tratamento e acompanhamento do paciente portador de câncer.

Como o Hospital de Base prioriza o tratamento integral, observando aspectos importantes das condições físicas e emocionais do paciente, também disponibiliza serviços multidisciplinares como enfermagem, psicologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição, serviço social e cuidados paliativos. Sendo assim o paciente é acolhido e tratado em todos os aspectos recebendo da equipe atenção e atendimento humanizado, especializado e diferenciado.

5) Metodologia

O Registro Hospitalar de Câncer notifica todos os casos novos de neoplasias. A inserção dos casos no RHC é feita analisando-se individualmente cada prontuário, registrando assim o diagnóstico, o estadiamento e as modalidades terapêuticas.

Para classificação e padronização dos dados utiliza-se a Classificação Internacional de Doenças para Oncologia (CID- O) e o TNM Classificação de Tumores malignos.

6) Resultados

Por meio do RHC é possível conhecermos o perfil geral dos pacientes atendidos na instituição, que tem como referência os casos de câncer (analíticos e não analíticos) diagnosticados no hospital, bem como aqueles diagnosticados fora, vindos para outras terapias.

Com uma base de dados consistente, obtemos resultados que nos permitem saber  números de casos, tipo de tumor, tratamentos realizados, e ainda saber as situações em que os pacientes se encontram (sem evidência da doença, com doença, se houve progressão ou quando evoluem a óbito), podendo assim, ser traçado o tempo de sobrevida.

Os dados são enviados para um banco de dados geral do Estado, que são compilados pela FOSP - Órgão da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo -, cujos resultados são encaminhados ao Instituto Nacional de Câncer (INCA). A sistemática estabelecida prevê o envio trimestral desses dados.

Publicações

Jornal - TU Próstata Boletim RHC Outubro Distribuição de Casos Novos por Ano